quarta-feira, 21 de março de 2012

O moinho da minha aldeia, Lourinha de Baixo

      Na minha aldeia, Lourinha de Baixo da freguesia da Marmeleira, existe um moinho que, dizem as pessoas mais velhas, tem mais de cem anos. Consigo avistá-lo da minha casa.
     Está junto a um riacho, pois é um moinho de água em que a energia é produzida pelo movimento da água, à qual se dá o nome de energia hídrica.
Casa do moinho com as paredes em xisto
Mó em granito
       A casa do moinho é construída em xisto. Já passou por várias gerações, de avós para os pais e dos pais para os filhos. O moinho permanece bem conservado. Os moageiros - donos do moinho - ainda vivem na aldeia, mas já não usufruem dele. Hoje em dia, com a evolução das técnicas, apareceram os moinhos elétricos que substituíram os moinhos tradicionais.

 Beatriz Nunes,  5.º D, ano letivo de 2011-12                              

terça-feira, 6 de março de 2012

O espigueiro do meu tio

     Os espigueiros são típicos exemplos da vida rural e a sua presença no nosso concelho está ligada à importância que a agricultura teve através dos tempos. Fazem parte do património agrícola da nossa terra. Como não podia deixar de ser, destaco o espigueiro situado ao lado da minha casa, em Vila Pouca, freguesia de Pala: é do meu tio Fernando.
     O meu tio disse-me que foi construído em 1977 e já foi restaurado. Serve para guardar e secar o milho.
     Este espigueiro, comprido e estreito, tem as paredes inclinadas. Tem uma porta numa extremidade para colocar e tirar o cereal. As paredes e a porta são feitas de ripas de madeira. Através das fendas, o interior é arejado. É coberto por telha a duas águas. Foi implantado sobre o muro da casa a que pertence e o acesso faz-se por um escadote de madeira. Assim elevado, protege o cereal da humidade e dos ratos. 

Rui Martins – 5º B
Ano letivo de 2011-12

segunda-feira, 5 de março de 2012

José de Andrade de Assis e Santos

     De entre os mortaguenses que se distinguem na nossa história local, recordo o Dr. José de Andrade de Assis e Santos através de alguns registos biográficos, para percebermos a importância desta personalidade no nosso concelho.
     Nasceu em Vale de Remígio, Mortágua, em 1903 e faleceu em 1979. O seu percurso académico iniciou-se na freguesia de naturalidade, onde, na instrução primária, foi aluno do pai, professor Joaquim dos Santos. Licenciou-se em medicina na Universidade de Coimbra. Foi várias vezes convidado a dar aulas na faculdade, mas preferiu exercer medicina com total disponibilidade, no seu concelho.
     Para acudir aos doentes, percorria estradas e caminhos, montes e vales, fizesse chuva ou calor, tanto de dia como de noite. Chegava a andar a pé centenas de quilómetros e aos doentes pobres oferecia os medicamentos e não cobrava dinheiro pelas consultas.
Era um homem muito culto. Falava francês, latim, inglês, alemão, russo e grego. Interessou-se pelo desenho, pela fotografia e pela história. Desejoso por transmitir os resultados das suas investigações, escreveu livros sobre a história local, como por exemplo
     O Pelourinho de Mortágua (1940) e Mortalacum (1950). Construiu um microscópio artesanalmente que, na altura, era a segundo melhor lente do país e permitiu que fosse o pioneiro em análises clínicas neste concelho.
Em sua homenagem, Mortágua tem uma avenida com o seu nome e, no Jardim Municipal, um monumento com a sua efígie em relevo.
     Pelo exemplo de vida que nos deixou, de humanismo e cultura, o Dr. José de Andrade de Assis e Santos é-nos muito grato.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Capela na Sobrosa


     Na minha localidade de Sobrosa, freguesia de Espinho, ergue-se uma singela capelinha em  honra do Senhor dos Aflitos. Está situada na Rua do Cabecinho.
     Procurei conhecer a história desta capela, mas colocou-se-me o problema de não ter encontrado informações escritas sobre ela. Uma fonte oral contou-me que «há muitos anos atrás, um senhor chamado Álvaro Carvalhinho recorreu ao Senhor dos Aflitos quando partia para a guerra, prometendo que, se voltasse à sua terra natal, haveria de erguer uma capela em sua homenagem».
     Tenho dúvidas e preciso de resolvê-las, como quem desvenda um mistério: para que guerra iria, em grande aflição, aquele senhor? Anoto que a capela, que terá nascido daquela promessa, tem à entrada, no chão, a inscrição do ano: 1911.
     Para que esta construção não seja marginalizada e como faz parte de um dos momentos da história da minha freguesia, são bem-vindas as informações que possam chegar dela! 


Patrícia Ferreira, 5.º D
Ao letivo 2011-12